As folhas não caem. Elas soltam-se!


A queda de uma folha sempre me pareceu algo de espetacular. 

Agora, no entanto, percebo que nenhuma folha "cai", que é na chegada do outono que começa a maravilhosa dança do desapego. 

Cada folha libertada é um convite à nossa predisposição ao desapego. 

As folhas não caem, elas desprendem-se num gesto supremo de generosidade e de profunda sabedoria: a folha que não se agarra ao ramo e se lança no vazio do ar, sabe da batida profunda de uma vida que está sempre em movimento e numa atitude de renovação 

A folha solta entende e aceita que o espaço vazio deixado por ela é a matriz generosa que abrigará o broto de uma nova folha. 

 Eu sei que quando sou aquele que deixa ir, a partir de sua própria consciência e liberdade, o distanciamento do ramo é muito menos doloroso e mais bonito. 

Apenas as folhas que resistem, que negam o óbvio, terão que ser arrancadas por um vento muito mais agressivo e impetuoso e cairão no chão por causa do peso da sua própria dor. 

(extraído do livro A SABEDORIA DE VIVER, Autor: José Maria Toro,2ª ed. Desclée de Brouwer)


José Coelho
Terapeuta holístico, formador e gestor de eventos.
Mente sempre curiosa, ávida de conhecimento, livre pensador, amante da natureza, defensor dos animais, despertador de consciências e um grande entusiasta da vida.

Visite o meu site: http://josecoelho333.weebly.com

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