O significado espiritual do corona vírus
De repente, sem qualquer aviso, alguma coisa invisível chegou na vida de todos.
Um ser microscópico, menor do que a menor célula do nosso organismo. Esse ser infinitesimal foi capaz de:
– Colocar o mundo inteiro em pânico.
– Matar milhares de pessoas.
– Deixar centenas de milhares internados.
– Mobilizar todos os governos do mundo.
– Destruir em poucos dias a nossa economia.
– Colocar em cheque a vida do ser humano na Terra.
Isso nos mostrou, sem sombra de dúvida, que:
– O ser humano acha-se o senhor da criação, mas é muito mais frágil do que pensa.
– O ser humano possui inteligência, mas não sabe usá-la.
– O ser humano é muito pequeno e vulnerável, mas é cheio de arrogância
– O ser humano acha-se o dono da Terra, mas pode ser expulso dela.
– A Terra é um organismo vivo e nós somos como vírus do planeta, pois sugamos os seus recursos, assim como o vírus suga os recursos de um organismo.
– A Terra não nos pertence, nós é que pertencemos à Terra.
– Quanto mais destruímos a Terra, mais destruiremos a nós mesmos.
– A Terra pode ficar sem nós, mas nós não podemos ficar sem a Terra.
Por outro lado, toda esta crise trouxe imensas possibilidades para todos e está a fazer-nos mais humanos e mais solidários.
– Estamos mais tempo em casa.
– Estamos mais próximos da nossa família.
– Estamos com mais tempo para nós mesmos.
– Estamos a viver de forma mais simples e com menos coisas superficiais.
– Estamos a valorizar mais as pequenas coisas: a terra, a água, os alimentos, a vida, o ar etc.
– Interrompemos o ciclo de correria e stress da nossa vida moderna.
– Estamos a chegar à conclusão do que é realmente importante: a paz, a alegria, o amor, a liberdade, a harmonia, etc.
– Estamos menos voltados ao exterior e mais voltados ao interior; estamos mais próximos de nós mesmos e mais em contacto com a nossa essência.
O planeta também sentiu efeitos positivos, pois agora estamos a:
– Poluir menos.
– Produzir menos lixo.
– Andar menos de carro e soltar menos gases tóxicos na atmosfera (dados de satélites mostraram diminuição na poluição)
– Viajar menos.
– Devastar menos a natureza.
Sem esperar, nos demos conta de que:
– O coletivismo é mais importante do que o individualismo.
– A cooperação é mais importante do que a competição.
– O serviço público, que é de todos, precisa de ser o mais valorizado.
– O dinheiro não se come e nem se bebe.
– Uma conta bancária cheia de dinheiro não salva a vida de ninguém.
– Ricos e pobres estão de quarentena da mesma forma.
– Tanto os carros de luxo quanto os calhambeques estão parados.
– O vírus mostrou que somos mais iguais e mais parecidos do que supomos.
– Todas as religiões, todas as raças, todas as orientações sexuais, todas as culturas há pessoas com medo, há pessoas frágeis e há pessoas que podem morrer.
– Não importa a classe social, o tipo, o conhecimento, os preconceitos, a beleza, os gostos ou as preferências, o vírus não faz distinção nenhuma.
Tudo isso nos mostra que o ser humano precisa de fazer uma profunda revisão na sua vida, pois:
– Apesar de veículos velozes, estamos mais distantes uns dos outros.
– Apesar de podermos nos conectar com milhões de pessoas, nunca fomos tão solitários.
– Apesar de todo o entretenimento, vivemos numa contínua tristeza e melancolia.
– Apesar de toda a variedade de alimentos, nunca ingerimos tantas toxinas.
– Apesar de sermos bombardeados por informações, nunca nos sentimos tão perdidos e desorientados.
– Apesar de sermos consumidores vorazes e comprarmos milhares de coisas, nunca sentimos que tanta coisa nos falta.
– Apesar de toda a proliferação de seitas, religiões e formas de pensamento, estamos perdendo a nossa fé.
A modernidade trouxe-nos conforto e um certo controlo, mas é certo que perdemos o essencial:
– Estamos muito distantes da natureza.
– Não mergulhamos mais nos rios.
– Não deixamos mais a chuva cair sobre nós.
– Não comemos mais com calma o pão de cada manhã.
– Não sentimos mais a brisa a beijar o nosso rosto.
– Não rolamos mais na relva.
– Não deixamos mais uma lágrima correr livre.
– Não sujamos mais as mãos na lama.
– Não contamos mais as estrelas.
– Não ficamos mais deitados na relva refletindo sobre os mistérios da vida.
– Não vivemos mais a simplicidade, a espontaneidade e a naturalidade da vida.
Por isso, vamos permitir que esta crise possa nos ajudar a resgatar tudo aquilo que ficou perdido pelo caminho materialista que trilhamos, os nossos valores mais fundamentais, o nosso maior património:
– A paz de espírito.
– A felicidade sem precisar de nada.
– O desapego das coisas materiais
– A liberdade
– O amor
– A simplicidade
– O eterno presente.
– O respeito a tudo e a todos.
– O respeito à natureza e a vida
– O respeito às árvores, aos animais e aos rios e mares.
– O significado profundo, essencial e transcendente da existência. O espírito universal que anima todas as coisas.
Vamos começar agora a viver o essencial, porque sem o essencial, a vida não faz sentido.
Autor: Hugo Lapa (espiritualista brasileiro)
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